quinta-feira, 25 de abril de 2013

Como é seu Deus?





DEUS


Existem várias teorias de como as religiões são criadas, mas todas se apoiam em algum fato marcante, uma historia verdadeira, alguma coisa que aconteceu no passado e marcou gerações, algum fato que os povos antigos não conseguiram explicar e atribuíram a “milagres” ou poder Divino. Estas historias passaram de geração a geração, em alguns casos contados de “boca a boca” ou de pai para filho, até finalmente ser registrada através da escrita, mesmo que de forma precária, como paredes das cavernas, papiro, pedras e outras formas. 

A primeira Religião e o primeiro Deus do homem foi o naturalismo, a adoração de objetos e fenômenos da Natureza. Depois, em vez do culto do objeto físico passou a reverenciar o espírito ou a alma do objeto ou fenômeno. Os nórdicos achavam que o mundo começara num embate no gelo, do calor contra o frio. Para os gregos e os indianos os deuses viviam numa montanha. Na África o povo achava que o mundo veio do grande ovo cósmico, como também alguns chineses. O homem pré-colombiano achava que viemos do milho. Outros da argila, da madeira, do barro ou do sopro divino. 

Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual. 

Deus muitas vezes é expressado como o Criador e Senhor do universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária. 

Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS). As principais características deste Deus Supremo seriam, a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas; a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e: a Onisciência: poder de saber tudo. 

Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, o Bagavadguitá, dos hinduístas; o Tipitaka, dos budistas; o Tanakh, dos judeus; o Avesta, dos zoroastrianos; a Bíblia, dos cristãos; o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias; o Alcorão, dos islâmicos; o Guru Granth Sahib dos sikhs; o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís; Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como, Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica; Zoroastro, na fé zoroastriana; Krishna, na fé hindu; Buda, na fé budista; Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica; Maomé, na fé islâmica; Guru Nanak, no sikhismo, Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í. 

Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem. Além de estudos de livros considerados sagrados como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer sobre Deus e suas qualidades, observando a natureza e suas criações. Argumentam que existe evidência científica de uma fonte de energia ilimitada, e que esta poderia ter criado a substância do universo, e que por observarem a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, muitos chegaram a admitir a existência de Deus. As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações. 

As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da Trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus. As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.


Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto. Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus. Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo". 

Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.


Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário. 

A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão-lhes nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas. Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral. Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural. 

Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ". 

Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo. 

Pascal Boyer argumenta que, embora exista uma grande variedade de conceitos sobrenaturais encontrados ao redor do mundo, em geral seres sobrenaturais tendem a se comportar tanto como as pessoas. A construção de deuses e espíritos como as pessoas é um dos melhores traços conhecidos da religião. Ele cita exemplos de mitologia grega, que é, na sua opinião, mais como uma novela moderna do que outros sistemas religiosos. 

Sigmund Freud também sugeriu que os conceitos de Deus são projeções de um pai. Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. A tradição judaico cristã é um exemplo. Moisés alcançou a idéia de um Deus que, não sendo mais voluntarioso, estabelecia um contrato, um conjunto de regras a serem obedecidas pelo seu povo. Amós compreendeu que a relação de Deus com o homem seria, embora severa, justa (Deus de justiça). Oséas afirmou que Deus, na sua severidade, sabia perdoar os erros de seus filhos (Deus de perdão). O Deutero Isaías compreendeu que o Deus de Israel era o mesmo de toda a humanidade (Deus único). E Jesus traduziu em ações que todos são iguais perante Deus, e que o amor é a relação básica entre Deus e suas criaturas (Deus de amor). 

A visão histórica mostra que vários conceitos de Deus, aceitos em um determinado período, foram sendo abandonados na medida em que deixaram de atender às expectativas das pessoas e de seus grupos sociais. Deus foi aos poucos deixando de ser um deus entre muitos deuses. Deixou de ser o Deus de um só povo, o que comandava os exércitos e esmagava seus inimigos. Deixou de ser o Deus imprevisível em suas ações, que a todos castigava. Deixou de ser o Deus que provocava medo e controlava a vida das pessoas. Deixou de ser o Deus de uma Igreja, refém de concepções doutrinárias e dogmáticas. 


No entendimento do Espiritismo, Deus não se relaciona ao mágico, ao místico, ao divinal, ao sacro, ao infinito, ao absoluto. Deus não é matéria, nem energia. Ele não tem uma forma definida. Deus não está restrito a uma pessoa, por mais evoluída que seja, como Jesus. Deus não está no céu. Ele está nos seres mas não se confunde com eles; está nas coisas mas não se confunde com elas. Deus não aceita oferendas, sacrifícios ou promessas. Não concede graça, dom ou favores. Não intercede, não aceita pedidos, não protege alguém em especial. Deus não atua através de milagres. Deus não está limitado à humanidade, ao planeta Terra ou à Via Láctea. Deus abrange todas as coisas, todos os seres vivos, inteligentes ou não, encarnados ou desencarnados do Universo. Deus se estende pelo Cosmo e o mantém (o Universo organizado e ordenado) — Deus Cósmico. 

Para a Doutrina Espírita, o Universo é estruturado, as coisas não ocorrem ao acaso. Em tudo há causalidade, inteligibilidade, significado, padrão. Deus, para o Espiritismo, é a Inteligência Suprema (Allan Kardec). O objetivo do ser é a evolução, a ampliação de sua consciência através da aquisição de conhecimentos. Ao construir a sua trajetória de vida, o ser inteligente amplia a sua percepção e compreensão da natureza, das coisas, das pessoas, de si mesmo, do Cosmo, da estruturação inteligente do Universo e, em conseqüência, o seu entendimento de Deus. Deus torna-se evidente na Harmonia de tudo o que existe. Ao se fazer identidade com o Cosmo, se faz identidade com Deus, pois os seres, as coisas, as relações, a harmonia do Universo presentam Deus. Dessa forma, Deus é a totalidade. 

A estruturação inteligente do Universo é ampla, plural, variada, abrangendo o número de consciências do universo. O Livre-Arbítrio é parte fundamental do Cosmo e as infinitas possibilidades que surgem de seu exercício estão contidas na estruturação inteligente do Universo. Todos os seres se relacionam com Deus tal como as criaturas com o Criador. Na medida em que evoluem, ampliam a sua consciência dessa unidade criatura Criador. 

Todos os seres criam expressando Deus e nesse sentido pode-se compreender que Deus está presente em todos os seres (Deus onipresente). Pode-se compreender, também, que Deus é consciente através da consciência de todos os seres do universo (Deus onisciente). E, por fim, Deus faz, age, constrói através de suas criaturas. Elas são instrumentos do amor, da justiça, verdade, da evolução. A estruturação inteligente é operada pelas suas criaturas (Deus onipotente).  

A existência do "mal" tem sido usada como argumento para a inexistência, ou pelo menos, da incongruência da existência de Deus. "Deve-se dizer como Santo Agostinho: 'Deus soberanamente bom, não permitiria de modo algum a existência de qualquer mal em suas obras, se não fosse poderoso e bom a tal ponto de poder fazer o bem a partir do próprio mal'. Assim, à infinita bondade de Deus pertence permitir males para deles tirar o bem". "O mal é ideia do homem, não de Deus. Ele, que deu ao homem o livre-arbítrio e pôs em marcha o Seu plano para a humanidade, não interfere continuamente para tirar ao homem o dom da liberdade. Se o inocente e o justo têm de sofrer a maldade dos maus, a sua recompensa no final será maior, os seus sofrimentos serão superados com sobra pela felicidade futura". 

O mal, ou infortúnio, decorre do fato da criatura ser limitada e imperfeita, porque dele pode tirar um bem maior: aprendizados que geram novas virtudes e méritos pela superação das condições adversas. Assim, o mal teria a função de ensinar aos homens os seus próprios limites, corrigindo e reordenando a criatura pela aplicação de provas e expiações. 

Não há efeito sem causa. Todo o ser que começa a existir tem uma causa. O universo tem um grau de complexidade superior a qualquer obra humana conhecida. Logo não se pode admitir que tenha aparecido sem que um Ser lhe tenha dado a existência. Assim como a existência de um edifício pressupõe a existência de um engenheiro, ou a de um quadro a do pintor. Esse Ser chama-se Deus. 

Dá-se o nome de Lei Moral ao conjunto de preceitos que o homem descobre na sua consciência e que o fazem distinguir o bem do mal, o certo do errado, o justo do injusto e o impelem a praticar o bem e a evitar o mal. 

Deus é indivisível (tanto em ato como em potência), não possui composição alguma, é unico, não pode haver mais que um Deus, a onipotência de um comprometeria a do outro. É Suprema perfeição - "perfeito é aquilo que está totalmente feito". Beleza suprema - é a suprema harmonia de todas as perfeições criadas e o seu conhecimento é a máxima felicidade possível. Simplicidade - não é composto de partes, o que implica que não tem corpo e nem partes de nenhuma espécie. Imensidade - não está sujeito a espaço, pode estar em todos os lugares sem estar circunscrito a eles. Infinidade - é infinito, tem todas as perfeições em grau máximo e ilimitado. Se pudesse ser aperfeiçoado não seria Deus e sim aquele que Lhas desse. Imutabilidade - não está sujeito a mudanças nem no seu Ser e nem nos seus desígnios. Eternidade - não teve princípio e não terá fim, sempre existiu e não deixará de existir. Onisciência - possui inteligência e entendimento ilimitados, tudo sabe e tudo conhece. Onipotência - a vontade de Deus é onipotente, não tem limites, e é perfeitamente boa e justa. Sendo infinitamente justo retribui a cada um segundo as suas obras. Onipresença - tem a capacidade da ubiquidade, pode estar em todos os lugares e, mais do que estar num lugar, dá a existência ao próprio lugar. Suprema bondade - Deus é a bondade infinita. Quanto mais perfeito é um ser tanto mais é desejável, Deus é o mais desejável dos seres é o Bem Supremo. Sabedoria - é mais que sábio, é a própria Sabedoria ilimitada. Santidade - é infinitamente santo e belo e fonte de toda a beleza e santidade. Misericordioso - Deus é todo misericórdia, perdoa tantas vezes quantas nos arrependemos. Transcendência - não se confunde com o mundo, está fora do mundo e acima da realidade material. 


A ideia daquele velhinho com cabelos e barba branca, que caminha pelo paraíso a procura de Adão e Eva, que precisa de naves para voar,  que tem povo favorito, que comanda guerras, que castiga, não existe mais, não poderia ser DEUS, todos nós somos criaturas de Deus, somos irmãos, somos iguais e um pai não teria preferencia por um filho, só o ser humano ou um ser não desenvolvido pensa desta forma. Pense bem.



MORTES EM NOME DE DEUS 

As 3 grandes religiões monoteístas - cristianismo, judaísmo e islamismo - pregam a paz, a tolerância, a compaixão e o amor ao próximo. Mesmo assim, elas deixaram suas marcas em guerras e banhos de sangue ao longo da história. Para alguns pesquisadores, uma explicação estaria na própria lógica do monoteísmo: se apenas o "meu" Deus é verdadeiro, os "outros" certamente são falsos - e seus seguidores, infiéis. "As religiões são diferentes, mas todas elas exigem a mesma exclusividade", diz o historiador britânico Christopher Catherwood, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. 


Foi assim com os judeus, os primeiros monoteístas, que reivindicaram uma aliança especial com Deus há 4 mil anos. Sua noção de "povo eleito" foi atacada por João Crisóstomo e outros patriarcas da Igreja Católica, que no século 4 qualificaram os seguidores do judaísmo de filhos do Diabo e inimigos da raça humana. Em 325, o 1º Concílio de Nicéia culpou-os pela morte de Jesus - uma acusação só retirada em 1965, no Concílio Vaticano 2º, e que insuflou 2 mil anos de injúrias e matanças. Durante a Inquisição, por exemplo, milhares de judeus foram parar na fogueira; outros tantos se converteram em massa à fé cristã, já que o batismo era a única chance de salvação.


No século 7, foi a vez de o islã tentar impor a primazia de seu Deus sobre os demais. Os exércitos de Maomé partiram da Arábia para invadir o Oriente Médio, o norte da África e a Espanha. "O objetivo da expansão não era tanto econômico ou político, como no imperialismo ocidental do século 19, mas a conquista em nome da fé, que eles acreditavam ser a verdadeira", diz Catherwood. Reconhecidos como "povos do livro", judeus e cristãos puderam manter sua fé desde que pagassem altos tributos - e, dependendo do governo em exercício, sofriam perseguições. 







Assim, quando o papa Urbano 2º lançou as cruzadas para tentar recuperar a Terra Santa, em 1096, os espanhóis já vinham lutando contra os muçulmanos havia quase 400 anos. Urbano prometeu apagar para sempre os pecados de quem embarcasse na empreitada, que fracassou depois de transformar Jerusalém em um cemitério a céu aberto. "Cabeças, mãos e pés se amontoavam nas ruas", escreveu Raymond de Aguiles, um dos cruzados.

Em 1215, o 4º Concílio de Latrão proibiu os judeus de exercer funções públicas e os obrigou a usar um distintivo de identificação sobre as roupas - medidas que seriam reeditadas no século 20 por Adolf Hitler e o regime nazista. É certo que o Holocausto foi executado no auge da sociedade moderna e racional. Mas a força motriz do genocídio - o antissemitismo - se nutriu dos mitos religiosos arraigados durante séculos na Europa.

Da mesma forma, só é possível entender os conflitos dos anos 90 nos Bálcãs tendo em conta as heranças religiosas do passado. No século 14, a região foi invadida pelos turcos-otomanos - o último império muçulmano, que determinava a identidade das pessoas pela religião a que pertenciam. A maioria delas pôde continuar acreditando no Deus do cristianismo, sem os mesmos direitos dos "fiéis". Muitos, no entanto, se converteram ao islamismo - e veio o problema. "Os atuais bósnios muçulmanos descendem daqueles que se converteram durante a conquista turca", diz Catherwood. "Para os sérvios, eles são traidores."

Cristãos ortodoxos, os sérvios até hoje celebram o ano de 1389 - quando Lazar, chefe das tropas sérvias, morreu enfrentando os muçulmanos e virou mártir. O líder sérvio Slobodan Milosevic invocou esse sacrifício em seus discursos de 1989, acendendo a chama dos confrontos que levariam a uma matança desenfreada.

Nas palavras do historiador americano Mark Juergensmeyer, da Universidade da Califórnia, a linguagem religiosa tem o poder de "trasladar o conflito humano a uma dimensão cósmica". Traduzindo: no dia-a-dia, não matamos gente; mas, se Deus ordena, podemos. Nesse caso, a violência não seria um ato selvagem, mas o cumprimento da vontade divina. 

O século 20 viu crescer uma devoção militante nas principais religiões, chamada popularmente de fundamentalismo. "Alguns fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos numa mesquita ou matar médicos que fazem aborto. A maioria não é violenta, mas rejeita conquistas da modernidade, como a democracia, o pluralismo, a tolerância religiosa e a separação entre religião e Estado", diz a pesquisadora inglesa Karen Armstrong, autora do livro Em Nome de Deus. 

Apesar das enormes diferenças entre os grupos fundamentalistas, eles geralmente buscam reconduzir sua religião ao caminho "puro e verdadeiro" de seus ancestrais. Por isso, os alvos principais são os seguidores moderados de sua própria crença. Foi o caso dos protestantes americanos que, no início do século 20, quiseram se distinguir dos protestantes liberais e se denominaram "fundamentalistas" - daí o nome. Eles queriam voltar aos fundamentos da tradição cristã, o que incluía interpretar a Bíblia da forma mais literal possível e parar de ensinar a Teoria da Evolução nas escolas - uma campanha que ainda divide os EUA. 

Dentro do judaísmo foi criado o grupo ultraortodoxo Naturei Karta, que é contra a existência do moderno Estado de Israel. Para esse grupo, o regime israelense é herético porque sua ideologia fundadora - o sionismo - rejeitaria Deus e a Torá (o livro sagrado). Rabinos do Naturei Karta apoiam o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel. 

Já o fundamentalismo islâmico vem do grupo Irmandade Muçulmana, fundado em 1928 no Egito. Para ele, o islã entrou em decadência ao adotar o modo de vida ocidental. Portanto, é preciso derrubar os governos moderados e substituí-los por regimes baseados na sharia - a lei islâmica. São essas ideias que inspiram terroristas como os da Al Qaeda.

Mas o radical islâmico que joga um avião contra um prédio não acredita no mesmo Deus que um muçulmano moderado? Como o Deus de um pode condenar esse crime, se o Deus do outro promete transformá-lo em herói? Aí é que está: o Deus é o mesmo, mas as interpretações de sua mensagem são distintas. O suicídio, por exemplo, sempre foi pecado na tradição islâmica. Hoje, no entanto, é interpretado como martírio pelos fundamentalistas - e usado como arma por terroristas. 

A rixa histórica entre cristãos irlandeses descambou para a violência embalada por um componente político: de um lado, a maioria protestante (chamada unionista) quer continuar ligada ao Reino Unido; do outro, a minoria católica (nacionalista) almeja pôr fim ao domínio britânico. 

Durante décadas, o ditador comunista Josip Tito manteve as províncias da Iugoslávia unidas à força. Com sua morte, em 1980, o nacionalismo religioso explodiu numa espécie de luta de todos contra todos - incluindo sérvios (ortodoxos), bósnios (muçulmanos) e croatas (católicos). 



Quero lembrar do objetivo dos Illuminati: 

"A terceira guerra mundial deverá ser fomentada através do aproveitamento dos diferentes agentes dos iluminados entre o sionismo político e os dirigentes do mundo muçulmano. A guerra deve ser orientada de tal forma que o islão e o sionismo político se destruam mutuamente, enquanto outras nações se veem obrigadas a entrar na luta, até ao ponto de se esgotarem física, mental, espiritual e economicamente. "

Redução Populacional é super simples : Basta criarem guerras, crise econômica, aumento dos impostos, aumento do preço dos alimentos e dos combustíveis, o que irá gerar caos social, revoltas, mortes. Uns morrem de fome, outros suicidam-se ( como na Itália, Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda e outros tantos Países ), os que ficarem vão morrendo em catástrofes ( terramotos, tsunamis ) ou nas Guerras. Ou ainda com novas doenças virais ( bioterrorismo ) e poluição industrial e chemtrails.. Tudo isso combinado.



Fonte:

http://super.abril.com.br/religiao/sangue-nome-deus-619248.shtml http://pt.wikipedia.org/wiki/Exist%EAncia_de_Deus

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