terça-feira, 21 de maio de 2013

Nova fase da evolução?

O DINHEIRO 


A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito. 

As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. 

Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar o seu valor. O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte. O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca no nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados. Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fraccionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas. 


Quando o homem descobriu o metal, passou a utilizá-lo para fabricar utensílios e armas anteriormente feitos de pedra ou madeira. Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal foi elegido como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc. O metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. Essa medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da quantidade de metal oferecida para troca. 

Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego destes metais se impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados. A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada por mercadorias neste mesmo valor. Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Estes sistemas se mantiveram até ao final do século passado, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, não dependendo do metal nela contido. 

Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores num ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem ao papel-moeda. Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento. Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas. A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confeção de cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. 

Não demorou muito para alguns grupos perceberem que o acúmulos destes títulos lhes dariam poder, ou seja, a possibilidade de controle através destes recursos financeiros. Através do dinheiro poderiam transformar seus agregados em escravos. Digo isto porque não é nenhuma novidade, sem perceber somos controlados até hoje. Você já percebeu que trabalha o mês inteiro e não consegue pagar todas as suas contas, e quando você está “tranquilo” financeiramente sempre aparece alguma “proposta” para você “investir” sua economia ou lançamento de algum produto novo, quase irresistível, para você gastar suas economias? E a todo momento sempre tem produtos novos sendo lançados em todos os setores. Basta mudar um botão de lugar e vender como um novo lançamento. E sem perceber você se atola em novas dívidas. Isto acontece em todas as classes sociais e não é diferente com o pobre ou com o rico (em escala diferente) e nem é privilégio de ninguém. Estes grupos produzem para que você possa comprar, endivida-se e tornar-se dependente deles. Assim você se torna dependente financeiramente e psicologicamente deles, e este sempre foi o seu objetivo: o controle. 

Não importa onde você adquiriu estes produtos, o destino dos lucros é sempre o mesmo: os cofres dos grupos dominantes. Eles são donos de todas as grandes corporações mundiais, obrigando você sempre a atualizar e adquirir novos produtos, fazendo você trabalhar cada vez mais para pagar seu estilo de vida. Você já teve a sensação de comprar algum produto desnecessário? Muitas vezes, o que você já tinha supria suas necessidades tranquilamente e você não precisaria trocar por outro mais novo, mas por impulso e propagandas massivas que vendem a imagem de pessoas felizes, você sem perceber assume novas dívidas e fica totalmente controlado psicologicamente, trabalhando para pagar pelo prazer de ter um “brinquedinho novo”. E esta sensação do novo, dura apenas alguns meses, ficando no seu íntimo a grande pergunta: será que eu realmente precisava deste novo produto? Com isto em seu íntimo cria-se um sofrimento, e de novo ainda você tem que trabalhar para pagar isto. Não importa sua decisão, você está contribuindo para o aumento do ego dos grupos que controlam nosso planeta, os mesmos que estão destruindo tudo que conhecemos como belo: a natureza, nossa família, nossa segurança e a nossa paz. Tudo simplesmente para obter lucros. Já se perguntou o que acontece com os produtos velhos? E o que acontece com os locais onde são extraídos a matéria prima para fabricação dos novos? Se você não sabe, pense bem, nosso planeta já não suporta mais nosso consumo exagerado e até nesse ponto estes grupos já pensaram. Eles tem plena consciência da situação e sua solução doentia é simples, eliminar o excesso, ou seja diminuir o consumo. Sabe como? Diminuindo a população mundial. 

Recentemente muito tem se falado sobre os extraterrestres, se eles são evoluídos ou não. E para você como é uma civilização evoluída? Será que ter tecnologia é sinal de evolução? Cabe a nós pensarmos seriamente nestes aspectos, porque estamos pagando um preço muito alto para nosso avanço tecnológico e não precisaria ser assim. 

A tecnologia sempre foi uma ferramenta para nosso auxilio, quando for empregada de forma correta irá nos impulsionar para nova fase da evolução, mas antes precisamos de compartilhar nossos conhecimentos, criar uma tecnologia que beneficia toda a humanidade, uma tecnologia menos destrutiva, uma tecnologia que não fica guardada a sete chaves e nas mão de um pequeno grupo que tem interesse mesquinho de controlar o mundo. 

Não é mais segredo que pelo menos quatro raças alienígenas estão presente em nosso planeta, ajudando no nosso desenvolvimento tecnológico, mas existem aproximadamente outras vinte e alguns deles afirmam que nosso maior problema é nosso sistema financeiro que da margens para especulação e favorecimento de uns pequenos grupos. 

Teoricamente essas raças são muito mais evoluídas que a nossa, principalmente tecnologicamente. Será que são tão evoluídos mesmo? Então por que se escondem? Na minha opinião se não devem, não tem porque se esconder. Porque estariam unido com alguns países para desenvolvimento de armas? O que eles temem? De onde vieram? E por que vieram? Sabemos que todos os planetas do nosso sistema solar tiveram a mesma origem, provavelmente quase todos planetas contem os mesmos minerais encontrados aqui, então o que faz da terra algo especial para os extraterrestres? Se eles não querem os minerais que são abundantes na maioria dos planetas em nosso sistema solar, então só sobra nós os humanos, ou melhor dizendo a mão de obra, os escravos, para fazer todos serviços para eles ou ser utilizados em experiências genéticas. 

São muitas perguntas sem respostas. Temos que nos referenciar pela nossa própria história, pois não somos evoluídos, somos conquistadores, uma raça violenta, que utiliza todo e qualquer artifício para justificar nossa matança. Fazemos isto pelo simples prazer de destruir, escravizar e conquistar. Utilizamos a guerra com propósito de ganhar dinheiro e principalmente para poder controlar os conquistados, queremos sempre o poder, por isto somos presa de fácil manipulação. 

Mas onde as raças extraterrestres estão? Não é segredo, basta você pesquisar e irá encontrar. Quatro delas estão em bases militares de países como Estados Unidos, Rússia, Brasil, China, e Israel. Alguns outros estão “alojados” em bases construídas na lua. Outras raças estão em naves mãe em orbitas de Júpiter, marte, saturno e na própria terra, em seus oceanos profundos e outras estão chegando. Só para se ter uma ideia recentemente foram encontradas no oceano duas espécies novas de baleia e no Amazonas uma nova tribo indígena até então desconhecida por nossa civilização foi avistada, nosso planeta é muito vasto. O que não sabemos é que está acontecendo uma guerra entre essas raças e o troféu é o planeta terra. Por isto países como Estados Unidos, Rússia e outros países estão preocupados e criando armas contra os extraterrestres. Os Estados Unidos está fazendo campanha massiva contra os extraterrestres. Nunca se viu tantos filmes de invasão alienígena como agora e todos os filmes estão transmitindo uma imagem negativa sobre os ETs, parece que eles estão esquecendo que sobre seu domínio e proteção encontram no mínimo quatro raças. Todos nós temos motivos de preocupação, mas é lógico que quem tem mais a perder com a guerra são os extraterrestres que moram aqui e seus subordinados: os iIluminati, pois são ele que estão dominando o nosso planeta. 


Um povo evoluído não constrói armas, não causam sofrimento. Fazem tudo pelo bem de um todo. Não conquistam pela guerra e sim pelo compartilhamento de opiniões, cultura, ciência e até mesmo religiões. Todos os povos tem muito a ensinar. 

Existem em nosso universo uma enorme variedade de raças, em diversos estágios de evolução, algumas tecnologicamente avançadas porém enraizada na questão material. Essas civilizações ainda são limitadas em todos os sentidos; criaram suas dependências em instrumentos e objetos; necessitam de aparelhos para se comunicarem, naves espaciais para se locomoverem, enfim, tudo que precisam depende da utilização de algum objeto. 

Outras já se encontram em outro estágio da evolução. Sua matéria é menos densa, porém ainda necessita de alguns instrumentos para comunicação e locomoção, mas sua dependência desses objetos são bem menores. 

Existem raças que são constituídas de matéria que não conhecemos. São raças que não precisam de instrumentos para se comunicarem e nem de naves para locomoverem pelo universo. Não possuímos nenhum equipamento capaz de detectá-los, nossos olhos não conseguem vê-los. 



A Felicidade Não É Deste Mundo



FRANÇOIS-NICOLAS-MADELAINE
Cardeal Morlot, Paris, 1863 


Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! Exclama geralmente o homem, em toda as posições sociais. Isto prova, meus caros filhos, melhor que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo”. Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor, são condições essenciais da felicidade. Digo mais: nem mesmo a reunião dessas três condições, tão cobiçadas, pois que ouvimos constantemente, no seio das classes privilegiadas, pessoas de todas as idades lamentarem amargamente a sua condição de existência. 

Diante disso, é inconcebível que as classes trabalhadoras invejem com tanta cobiça a posição dos favorecidos da fortuna. Neste mundo, seja quem for, cada qual tem a sua parte de trabalho e de miséria, seu quinhão de sofrimento e desengano. Pelo que é fácil se chegar à conclusão de que a Terra é um lugar de provas e de expiações. 

Assim, pois, os que pregam que a Terra é a única morada do homem, e que somente nela, e numa única existência, lhe é permitido alcançar o mais elevado grau de felicidade que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os ouvem. Basta lembrar que está demonstrado, por uma experiência multissecular, que este globo só excepcionalmente reúne as condições necessárias à felicidade completa do indivíduo. Num sentido geral, pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia, a cuja perseguição se lançam as gerações, sucessivamente, sem jamais a alcançarem. Porque, se o homem sábio é uma raridade neste mundo, o homem realmente feliz não se encontra com maior facilidade. 

Aquilo em que consiste a felicidade terrena é de tal maneira efêmera para quem não se guiar pela sabedoria, que por um ano, um mês, uma semana de completa satisfação, todo o resto da existência se passa numa sequência de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos que estou falando dos felizes da Terra, desses que são invejados pelas massas populares. Consequentemente, se a morada terrena se destina a provas e expiações, é forçoso admitir que existem, além, moradas mais favorecidas, em que o Espírito do homem, ainda prisioneiro de um corpo material, desfruta em sua plenitude as alegrias inerentes à vida humana. Foi por isso que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão um dia gravitar, quando estiverdes suficientemente purificados e aperfeiçoados. 

Não obstante, não se deduza das minhas palavras que a Terra esteja sempre destinada a servir de penitenciária. Não, por certo! Porque, do progresso realizado podeis facilmente deduzir o que será o progresso futuro, e das melhoras sociais já conquistadas, as novas e mais fecundas melhoras que virão. Essa é a tarefa imensa que deve ser realizada pela nova doutrina que os Espíritos vos revelaram. 

Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime, e que cada um dentre vós se despoje energicamente do homem velho. Entregai vos inteiramente à vulgarização desse Espiritismo, que já deu início à vossa própria regeneração. É um dever fazer vossos irmãos participarem dos raios dessa luz sagrada. À obra, portanto, meus caros filhos! Que nesta reunião solene, todos os vossos corações se voltem para esse alvo grandioso, de preparar para as futuras gerações um mundo em que felicidade não seja mais uma palavra vã. 

MUNDOS DE EXPIAÇÕES E DE PROVAS 

13. Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso. 

14. Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos. 

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que Os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado. 

15. A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do 

progresso do Espírito. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.) 


MUNDOS REGENERADORES 

16. Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exí1io, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada. 

17. Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas os frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis. Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam. 

18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam. Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que um mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. – Santo Agostinho. 

(Paris, 1862.) 


PROGRESSÃO DOS MUNDOS 

19. O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento. Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam! 

Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará 

a lei de Deus. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

Fonte:

Wikipédia;
Felicidade não é deste mundo;
O Evangelho Segundo Espiritismo;







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